Em uma palestra no British Film Institute, em Londres, o renomado diretor Ridley Scott, de 87 anos, compartilhou suas visões sobre o estado atual da indústria cinematográfica de forma inequívoca. Conhecido por seus clássicos, como Alien, Blade Runner e Gladiador, Scott não economizou palavras ao discutir os desafios enfrentados pela indústria, acompanhado de seu filho Luke Scott. De acordo com a revista Metro, suas declarações foram francas e diretas.
Para Scott, o principal obstáculo é a escassez de roteiros de qualidade. Ele acredita que muitas produções recorrem a efeitos digitais para compensar a falta de uma história sólida, resultando em filmes caros, mas vazios de conteúdo. “Se você não tem um material sólido no papel, nenhum efeito no mundo vai ajudar”, afirmou o diretor. Essa crítica reflete sua abordagem como diretor, que valoriza cenários tangíveis e um trabalho artesanal meticuloso, considerando os efeitos digitais como um complemento. Seu apelo é claro: “Primeiro, coloquem a história no papel – todo o resto é secundário.”
Quando questionado sobre qual filme o deixava tão confortável que poderia assisti-lo repetidas vezes, Scott respondeu com ironia: “Honestamente, prefiro assistir aos meus próprios filmes. E eles são muito bons! Além disso, não envelhecem.” Recentemente, ele reassistiu a Falcão Negro em Perigo e se perguntou: “Como diabos eu consegui fazer isso naquela época?” Em uma era onde os serviços de streaming lançam novos títulos diariamente, Scott acha cada vez mais difícil encontrar filmes que realmente o entusiasmam, salvo ocasionalmente quando “aparece um filme realmente bom – e isso é um alívio”.
No entanto, Scott não tem planos de parar. Após Gladiador 2, ele já está trabalhando em seu próximo projeto de ficção científica, The Dog Stars, com Jacob Elordi, e escrevendo um terceiro filme de Gladiador. Embora tenha sido parcimonioso com os detalhes, ele deu uma pista sobre o enredo: “Ele ainda está por aí e é tecnicamente o imperador de Roma. Não vou revelar mais nada – senão alguém vai roubar minha ideia.” Essa declaração reflete a paixão e o compromisso de Scott com sua arte, mesmo após décadas de contribuições significativas para a indústria cinematográfica.











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